Valdecy de Oliveira nasceu no Distrito de Nova Tebas Pitanga – Paraná em 10/03/1959, portador do Reg. de Nascimento 696 de 15 de Outubro de 1.960 do Cartório Unico de Pitanga PR.. filho de Joaquim Cândido de Oliveira Mineiro e de Hilda Javosky, de descendência ucraniana. Morava à 13 Km da escola, percorria este caminho à pé, as aulas tinham início às 07:30 AM, e para não se atrasar saía de casa às 05:00 AM.

“No inverno o frio era intenso e geava, muitas vezes os pés congelavam. Ainda me lembro do primeiro sapato de plástico, eu tinha 13 anos. Por dia no percurso entre a escola e minha casa, eram 26Km de ida e volta caminhando”.

“No Paraná sempre trabalhamos para pequenos sitiantes, fazendeiros e como boia-fria”.

“Em abril de 1977 fui trabalhar de peão em Altamira – Pará, precisamente no km 190 Uruará. Quero deixar aqui um registro: Ainda me lembro que o Sr. Manoel Moreira efetuou desmatamento à machado para a construção da 1ª Cooperativa de Uruará – PA. Um dia estava puxando cana com um trator na usina do km 80, quando tive que subir com o mesmo em um barranco, pois o presidente da república Ernesto Geisel chegava para visitar a usina”.

“Me aventurei em garimpos, cheguei até a trabalhar de peão pesquisador de minério. O peão pesquisador é aquele que recebe dinheiro de empresas para se infiltrar no meio dos garimpeiros, para descobrir onde os mesmos encontraram minério. Naquela época estava buscando Tantalita…”

“Trabalhei em firmas que faziam topografia para o Incra. Nestas aventuras comecei a conhecer a biodiversidade da Amazônia e tentei fundar no Amazonas a Cooperativa dos Garimpeiros da Amazônia Ocidental”.

“Trabalhando como peão, garimpeiro e topógrafo, cheguei a conhecer a Amazônia muito bem. Em 24 de abril de 1981 eu pisei pela primeira vez em Ariquemes – Rondônia. Como um dxista internacional ouvinte de Ondas Curtas Internacionais, que vendiam a ideologia sobre a Amazônia. Fiquei sabendo que através de Fundação éra possível criar projetos de defesa das florestas”.

“Eu trabalhei em fazendas que exploravam o peão em condições sub-humanas. Tive sérios problemas e cheguei a pedir proteção aos Direitos Humanos. Nos anos de 1987 à 1989, saiu uma matéria no jornal Alto Madeiro – RO referente às ameaças que sofri”.

“Para criar a Fundação Floresta em Perigo, trabalhei durante 3 anos para pagar despesas com advogados e fundos. Neste período trabalhei como diarista em empreitadas para alguns fazendeiros e foi a maior aventura de um plebeu”.


Nesta casa, onde Valdecy de Oliveira, morou durante 07/09/1988 á 03/01/1989, neste lugar ele escreveu o estatuto da Fundação Floresta em Perigo, em 07 de Setembro de 1990 foi lavrado a ata de criação da fundação, em 04 de outubro do mesmo ano foi publicado no Diário Oficial do estado de Rondônia, e em 26 de novembro de 1991 foi foi homologado pelo Ministério Público, e registrado no cartório de registro civil de pessoas jurídicas da comarca de Ariquemes – RO, sob nº 0141 fls. 155 lv. A-2 de pessoas jurídicas. Protocolado sob nº 1534 fls. 26 lv. A-1 de protocolo inscrito no CGC/MF sob nº 63.761.480/0001-77 em 29 de novembro de 1991